Evile – Five Serpent’s Teeth

Outubro 4, 2011

Quatro anos, três álbuns. Os Evile não páram, e mesmo passando por momentos mais complicados na sua carreira, nunca baixam os braços.

Podia já dizer o resultado, mas vamos com calma.

É sempre um grande impacto quando se perde um membro, e a causa disso é… a morte desse mesmo membro. Em 2009, os Evile viram partir Mike Alexander, que morreu em tour com um edema pulmonar.

A banda continuou, e em finais de Setembro deste ano lançou aquele que é o melhor álbum que fizeram até à data.

Se ‘Enter The Grave’ transpirava Slayer, e ‘Infected Nation’ suava Annihilator, a banda de Matt Drake escolheu os Metallica como principal influência neste ‘Five Serpent’s Teeth’

Não é novidade para ninguém que, se há género com um revivalismo mais que saturado, esse género é o Thrash Metal. No entanto, os Evile são uma das, senão a banda mais marcante desta nova vaga, e isso basta para que se desperte certa curiosidade em ver qual é a investida dos thrashers britânicos desta vez.

Basta soarem os primeiros acordes de ‘Five Serpent’s Teeth’ para notarmos que vem aí Thrash, puro, sem conservantes. E assim se vai prolongando até à “pausa”, de nome ‘In Memoriam’ (já lá vamos).

Vamo-nos deparando com momentos menos agitados, momentos esses que curiosamente ainda acrescentam essência a este opus.

Desde a variedade de velocidades de músicas como ‘Xaraya’ e ‘Eternal Empire’, à simplicidade e honestidade mostrada em ‘Cult’, que segue uma estrutura simples e catchy, que assenta no álbum que nem uma luva.

Mais para a frente temos a tal ‘In Memoriam’, em homenagem a Mike Alexander. Uma música que lembra muito faixas como ‘Fade to Black’ e ‘One’. No entanto, a (ainda mais) forte influência de Metallica não compromete em nada a qualidade desta faixa. Está um momento mais profundo, escurecido e sentimental. Mais um ponto positivo neste álbum.

Não tentem separar as músicas por “momentos mais thrashys” e por “momentos mais parados”, porque este álbum é o que é, devido ao facto dos Evile terem tomates para mostrarem que o Thrash não se baseia só no speed, e para calar os puristas, basta atirarem-lhes com músicas como ‘Xaraya’ e ‘Cult’, por exemplo.

Mais para o fim, temos a antémica ‘Long Live New Flesh’, que termina o álbum em grande, tal como pode ser usada como música de encerramento de um concerto. É só imaginarem aquele verso do título da música cantada em uníssono.

Os Evile estão aqui, não para reviverem o Thrash dos anos 80, mas sim para criarem a nova vaga, que é aquilo que grande parte das bandas do género actuais se esquecem de fazer.

Sim, soa a Metallica, e tal… mas sejam lá realistas. Ter influências e meter lá o seu cunho pessoal, é diferente de fazer música a seguir a 100% essas tais influências.

Para já, o álbum de Thrash Metal do ano, por todas as razões cá referidas. O Thrash não é só velocidade a 220 bpm’s.

 

[8.7/10]

2 Respostas to “Evile – Five Serpent’s Teeth”

  1. Mr Márrborro Says:

    Mai nada mr. Diogo, muitissimo bem justificado esse 8.7, e sem duvida dos melhores albuns de thrash deste anos se não o melhor.


Deixe um comentário